Grady, de oito anos, tinha uma grave doença chamada anemia aplástica e teve que ficar 60 dias internado num hospital.
O Fantástico contou a história emocionante do menino que descobriu um jeito de levar uma vida normal, apesar de ter uma doença muito grave. Mesmo trancado num quarto de hospital, ele continuou participando da rotina de toda a família.
Meninos têm muita energia. Gostam de pular, bater bola, correr, brincar e também brigar, especialmente, com os irmãos. Grady tinha oito anos quando descobriu que tudo isso iria ser tirado dele.
Grady estava pálido, com falta de ar e muito cansado. "Nós sabíamos que havia algo errado", lembra o pai, que completa: "Os exames mostravam uma contagem de células do sangue cada vez menor, uma contagem que chegou perto de zero”.
Um vírus se instalou na medula óssea de Grady. É nessa parte do corpo que as células do nosso sangue são produzidas. Por causa da infecção a produção de glóbulos brancos, vermelhos e de plaquetas caiu rapidamente provocando uma grave anemia, chamada de anemia aplástica. Uma doença rara, que no Brasil atinge 400 pessoas por ano. Grady corria risco de morte. A solução, um transplante de medula.
O pai foi o doador: “a possibilidade de eu ser compatível era de menos de 1%. Esta era a melhor chance de salvar a vida do nosso filho".
O transplante durou quatro horas e esta era só a primeira etapa de um longo processo.
“Foi difícil, porque eu sabia que teria que ficar internado por muito tempo”, conta Grady.
O menino ficou isolado num quarto de hospital por dois meses por causa da baixa imunidade e teve que enfrentar a quimioterapia, um tratamento agressivo que tem a queda de cabelo entre os efeitos colaterais.
“Foi muito difícil ter ele longe de casa. Os momentos que você sente falta quando você está há tanto tempo longe assim são os momentos mais simples, mais comuns”, diz a mãe de Grady, Amy.
Foi um amigo da família que convenceu uma empresa que fica no Vale do Silício, na Califórnia, a emprestar para Grady um robozinho muito especial que foi a janela dele para o mundo fora do hospital. Na área do rosto, fica uma câmera que seria o olho do robô. Em cima, na cabeça, ficam um microfone para ouvir o som do ambiente e um alto falante de onde sai a voz da pessoa que controla o robô. E na telinha aparece o rosto de quem está dando as ordens pra máquina.
O robozinho fez com que o menino pudesse conviver com a família sem precisar sair do hospital. O irmão, Baylor, se lembra do dia em que o robô chegou em casa.
O robozinho ocupou o lugar de Grady na mesa de jantar. Grady matou a saudade dos amigos. Na escola, eles rodearam a novidade.
“Foi muito divertido, havia dezenas de pessoas em volta de mim, eu me tornei famoso”, lembra ele.
O irmão mais velho Haydan era quem cuidava do robô. "As pessoas na escola enlouqueceram, queriam tocar o robô, mas eu tinha que assegurar que nada aconteceria com ele", diz.
“Eu finalmente não estava mais preso à minha cama, podia estar em casa, brincar de esconde-esconde com meus irmãos”, disse Grady.
O robozinho ajudou a diminuir a saudade que os irmãos sentiam. “Quando a gente ia pra cama dormir ele ia com a gente, nós podíamos conversar”, conta um deles.
O diretor da empresa que cedeu o robô para ajudar Grady, exibe orgulhoso o cartão que o menino fez para ele.
Tim conta que o robô foi criado para que as pessoas pudessem estar em lugares distantes e também caminhar por esses lugares. Tudo isso navegando pela internet.
A ideia já está ajudando outras crianças. Tecnologia que ajudou Grady a não perder o sorriso nos dias mais difíceis e a chegar ao último dia no hospital feliz.
O Fantástico mostra o primeiro momento dele fora do quarto depois de 60 dias.
“Apesar do transplante e dos dois meses no hospital nós pudemos continuar juntos. Você consegue enfrentar tudo na sua vida se mantiver a união, se continuar como um time e nós somos um time", disse.
Há duas semanas Grady pode finalmente voltar à escola. Ele está curado e aos poucos vai retomando a vida que tinha. Com uma diferença ele diz: agora está mais forte.
“Eu não tenho medo mais de nada, depois do que passei eu acho que posso vencer tudo, nada pode ser comparado ao que enfrentei", afirmou.
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